quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Arquivo fotográfico, Por Cassiane Dantas























3 comentários:

  1. Almas penadas? Moradores de uma ilha distante? Pobres? Vivos? Felizes? São partes da mesma pessoa? Quem são os protagonistas desta intrigante estória que captura o espectador? Essas questões, que poderiam ser feitas num exercício lógico e, por que não dizer, chato presente em enredos do tipo "Era uma vez..." são rapidamente esquecidas tão logo o espectador se vê tomado por esta trama. Repetição, dor, questionamento e agonia compõem uma estória que se vê iluminada pelo seu pulsante desenrolar. São como prisioneiros que, no que pese talvez não precisarem, desejam e precisam estar ali pra se manterem juntos. O estrangeiro é desejado e temido (grande metáfora) e o que os une não é o sangue, mas o amor (linda frase do belo texto que compõe a obra). Recomendadíssimo.

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  2. Rosilene, você é uma ladra: rouba qualquer cena. Parabéns!

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  3. Curiosidade. Transe hipnótico. Aflição. Essas sensações, exatamente nessa ordem, pulsaram em mim diante da viagem cênica "Em Algum Lugar de Mim". Corpos e luzes ante meus olhos, compondo um quadro fluente e feérico. Três condenados aprisionados numa espécie de ondulação do tempo, atravessando portais, procurando-se e reencontrando-se, ora infantis, ora ensandecidos, ora simplesmente adultos juntos mas em solidão.
    Para o talento e a visceralidade artística bastam um pouco espaço, velas, latas, fósforos, arames. O resto são vozes, suor, cabeleiras, catarse, pequenas chamas, sombra e escuridão. Doçura e delírio nas palavras iguais e renovando-se, experimentando tons, cores, vidas. Verbo e luz. A cortina translúcida se fecha e me deixa uma sensação de alívio: ufa, estou livre para voltar à realidade normatizada. Mas e essa estranha saudade dos momentos de vertigem?

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