terça-feira, 2 de julho de 2013

Cia AVUADOS de Teatro Apresenta:


“Ouça meu filho!”
(Com Mailson Soares e Rosilene Cordeiro

“Não existe dizer sem corpo, nem ouvir descarnado. (Mirna Spritzer)



Ouça meu filho!

“Debruço-me agora sobre minhas próprias ilusões, feitos, lembranças, sonhos. Registrando-os para manter-se a Palavra. E ela se perpetuar no outro, dividindo o sonho, a experiência, a vida, a maré que vai e volta e nunca e sempre se repete... Enfim, como todo o dito foge da boca e a palavra falada nunca é a mesma (Mailson Soares)

“Somos matéria de contar. Ouvir, um exercício necessário a esse ministério. Ministério porque implica em feitura, dedicação, rito, disposição para sentar junto e jorrar o que o ouvido, esse ‘outro’ acaba por receber. Uma troca de gentilezas de quem conta com quem ouve. (Rosilene Cordeiro)


O presente trabalho nasce como ar discreto, melindroso, mas bastante desejado e certeiro, garantimos! Ao contrário do que se possa cogitar sobre ao que ele nos remeta imaginar, e apesar das afirmativas que nos fazem pensá-lo como provável cena de compartilhamentos comuns, é nada mais que uma metáfora-menina, pequenina e íntima que nos propomos investigar ao pé do ouvido, banhados de interrogações-interlocuções de muitas vozes: O que se conta, que critérios adotar para escolha do que se contar? Como se conta? Quando e a quem se conta? Por que contar? Destas, o 'porque contar' nos interessa aqui em qualidade e grandeza. As perguntas, hoje, motivam as intenções da atriz-performer pesquisadora obcecada pela ‘fala diária’, que investiga performance narrativa cotidiana, encontrando no ‘comparsa’ ator-dramaturgo inquieto pelo ‘dizer cênico’ um lugar de encontro dialógico possível e necessário a ambos; daí  partem juntos para o “que natureza de trabalho é este, afinal?”. Teatro ou performance? Performance teatral? Teatro narrativo?  Performance narrativa? Bom, em se tratando de “Ouça meu filho!” o conceito nos engessa e, propositalmente  não estamos em busca de enquadramentos estéticos, nesse momento perseguimos a possibilidade de adentrar novos-outros territórios de pesquisa artística e simbólica. O cotidiano, o corriqueiro, o banal, o de todo dia ganham o nosso centro nervoso nos provocando a experimentá-lo cenicamente.
Mas isso de dizer, o trabalho, não é novo, sabemos! Em artes cênicas sempre houve uma necessidade de dizer, verbal ou gestualmente falando. A mensagem, o texto, as idéias são organizadas de tal forma a fim de assegurar uma relação cúmplice entre quem diz, o artista em si, e quem acolhe esse discurso, muitas vezes palavra, o espectador.
Em “Ouça meu filho!” buscamos aliar a pesquisa deste dizer às diferentes esferas de transmissão e recepção, aqui entendidos como atores-espectadores-dramaturgos  em tempo presencial, transformando-os, isso sim, na matéria dramatúrgica do ato encenado advindo desse encontro performativo, porque cada dia é um só em si mesmo e jamais se repetirá.
Então, contamos todos, todos recebemos e tornamos a palavra-encontro ‘a NOSSA PALAVRA’, a ‘palavra do dia’ o  que o espetáculo diz  por ele mesmo ou, ainda, ‘o que temos  para hoje!’.

(Rosilene Cordeiro. Atriz e produtora Cia AVUADOS de Teatro)

Sobre a Cia AVUADOS de Teatro

Companhia de experimentação cênica nortista, paroara, criada em 2012 por um grupo de amigos atores, cenógrafos, arte-educadores, encenadores e pesquisadores da matéria cênica em âmbito artístico e acadêmico. Um grupo interessado em investigação teatral com dramaturgia própria, focando o “dizer teatral” a partir de suas histórias de vida em interlocução permanente com as pessoas, os tempos, os espaços no movimento dos diferentes contextos com os quais interage por  meio de uma metodologia que denominados pesquisa-espetáculo. A metodologia nada mais é que um trajeto de estudo que se dá no ato cênico em andamento e se concretiza em sucessivas etapas do processo. O primeiro trabalho ocorrido em 2012,  intitulado “Em algum lugar de mim”, com os outros integrantes da companhia, Dario Jaime e Fabrício de Sousza,  possibilitou  descobrir o material orgânico que move nossa vontade de produzir um teatro simples, próximo das pessoas com as quais convivemos, com linguagem cotidiana  e que nos ajudam a enxergar a arte como um campo de possibilidades irrestritas e inacabadas que desejamos explorar cada dia mais.  

Ficha Técnica:

Atriz-performer: Rosilene Cordeiro
Dramaturgo-ator: Mailson Soares
Cenografia: Cia AVUADOS de Teatro
Luz: Mailson Soares e Luciana Porto
Figurino: Cia AVUADOS de Teatro
Produção: Rosilene Cordeiro
Colaboradores: Casa da Atriz, Cia Atores em Cena, amigos distintos das redes sociais.

Serviço:
“Ouça meu filho”
Data: 24, 25 e 26 de maio de 2013
Local: Casa da Atriz (Rua oliveira Belo, 95- entre Generalíssimo e Dom Romualdo de Seixas)
Hora: 20 horas
Ingresso: 20 reais (com meia para estudantes)
Contatos: (91) 8195-4808/ 9613-3591/ 8330-92069231-7819
AGRADECIMENTOS GARRAFAIS AO COLETIVO CASA DA ATRIZ, DA FAMÍLIA PORTO, QUE TEM FIRMADO UMA PARCERIA PERMANENTE E MAIS QUE BEM VINDA NA PRODUÇÃO E DIFUSÃO DAS ARTES CÊNICAS DA CIDADE. O NOSSO MUITO OBRIGADO PELA FORÇA DE TODO DIA!