Estivemos participando da programação da 19ª Semana Acadêmica de Letras da UFPA, no seu dia de abertura, 07/11/11, promovida pelo CAL (Centro Acadêmico de Letras), apresentando o espetáculo para um público de estudantes muito interativo e extremamente interessados em conhecer a proposta de trabalho e motivações da CIA em torno da pesquisa.
Daqui, o nosso agradecimento à equipe organizadora do evento que nos brindou com uma platéia bastante receptiva que, por certo, será uma expressiva divulgadora do trabalho e somará impressões importantes aos registros que estamos organizando nesse momento em que "baixamos a lona" para entrar na terceira etapa de trabalho em laboratório de ensaios, prevista para janeiro de 2012.
Fechamos, assim, as apresentações da CIA AVUADOS neste ano de 2011 com chave de ouro, agradecendo a todos e todas que estiveram conosco ajudando o espetáculo a chegar aos tantos lugares de tanta gente, nos tantos lugares onde estivemos e desejamos estar, pelo acolhimento e carinho com que nos receberam.
"NÃO FAÇO TEATRO PARA O POVO, MAS FAÇO EM FAVOR DO POVO. FAÇO TEATRO PARA INCOMODAR OS QUE ESTÃO SOSSEGADOS. SÓ PARA ISSO FAÇO TEATRO"
(Plínio Marcos)
Merda ao TEATRO!!! Descanso merecido à CIA...rr
Parabéns à Companhia Avuados de Teatro! Bravo!! Bravo!!
ResponderExcluirO espetáculo me marcou profundamente. Me levou às zonas sombrias do íntimo, onde os diálogos entre o eu e os outros que me compõem buscam o equilíbrio em torno dos sentimentos tão complexos que ditam o comportamento humano.
Me fez imaginar um espaço onde as palavras, as expressões e as notas emotivas são as luzes que iluminam o caminho desconexo, mas inevitável, onde os perdidos procuram sentido para suas próprias existências. Ali eu vi três que expressavam uma só entidade, um monólogo múltiplo em que cada um demarcava com suas notas e luzes os limites do ser que, oculto na escuridão, meditava a própria existência e suas muitas vertentes, dos quais só podíamos ver as três mais importantes.
Logo no início lembrei da literatura espírita que li faz alguns anos e associei primeiramente a cena Às descrições das zonas de trevas onde o sofrimento humano se manifestava tanto em formas grotescas como também em gritos, conversas desconexas, vultos e sombras indefinidas, expressões de medo, raiva e loucura. Mas logo depois, passada essa primeira impressão, comecei a associar com o íntimo humano e a ver a peça como uma novela que mostra não o exterior, mas o interior dos que protagonizam. Até chegar à conclusão de que tudo passava dentro de um único ser, como explicado inicialmente.
Fora a impressão sombria, adorei a apresentação e confesso e viajei tão profundamente na peça que tive uma sensação de alívio quando a mesma terminou (por sair daquela escuridão que me afligia e provocava sentimentos depressivos). Ao mesmo tempo fiquei empolgado e desejando ver mais dessa experiência, pois estimula os sentidos e leva o espectador à vivenciar mais do que uma simples história, traz de volta o sentimento arrebatador que nos levava a virar a página do livro de histórias, a ficar quietinho ouvindo alguém contar, a sonhar com o próximo capítulo. Nos leva a imaginar.
Felicidades ao grupo, que a próxima fase da experiência seja tão estimulante quanto esta que experimentei. Experimentei e já estou viciado, tendo tremores, esperando a próxima dose.
Um grande abraço a todos.
A peça me fez lembra de um texto que escrevi a alguns meses atrás. Deixo e o compartilho neste comentário.
ResponderExcluirQuanto incômodo eu sinto, parece que minha alma está espremida dentro de mim. Estou tão cansada...
Eu me aprisionei em um mundo e não consigo sair dele, por mais que minha vontade quase faça com que eu pule por cima desse muro eu continuo aqui, preciso comer, preciso dar de comer e se eu pular o muro será que vou sobreviver?
As pessoas não querem saber se estamos bem, querem apenas serem servidas, vejo o tempo todo seres humanos em busca de serem servidos, todos querem...
Mayara Ribeiro.
02/09/2011.