"Companhia de experimentação cênica nortista, paraoara, originada no ano de 2011 por um grupo de amigos atores,cenógrafos, arte- educadores, encenadores e produtores pesquisadores interessados em investigação teatral com dramaturgia própria, focando o "dizer teatral" a partir de suas histórias de vida" em interlocução permanente com as pessoas,o tempo, o espaço e o movimento nos diferentes contextos com os quais interagem por meio de uma metodologia que intitulamos pesquisa-espetáculo".
sábado, 30 de abril de 2011
1º CENA na 5, registo fotográfico de amigos
Sobre a CIA AVUADOS
Desejamos também engrossar esse movimento em prol da divulgação de um trabalho que se soma aos tantos outros importantes produtos, frutos de obstinação e comprometimento; celeiros vivos e pulsantes de um movimento artístico que diz quem somos, o que temos, o que queremos produzir e comunicar nessa teia de interações/ conexões representantes sensíveis dos tantos lugares de todos e de cada um de nós.
Abço carinhoso.
Dário Jaime, Fabrício de Souzsa, Mailson Soares e Rosilene Cordeiro
Uma de nós, em nós e sobre nós...

Todas as vezes que outros olhos virem esse espetáculo se arrepiarão, turvarão sua visão com as lágrimas e se emocionarão ao verem parte de cada um o compôs e que que o compõe, ao descobrirem a singeleza do ser, que está em algum lugar de si, assim como o descobri em algum lugar de mim.
Evoé ... que longos caminhos e sensíveis almas percorreu até chegar em algum lugar de mim. O homem que conduzia a carroça trouxe e levou as pessoas que acreditava que deviam estar alí, naquele casebre no meio do nada, e que construíram em uma "incestuosa" a singeleza de ser em algum ligar de si, por meio de uma relação corpos envoltos de energia e sentimentalidade que ficarão tatuados na pele, no coração e na alma. Com lágrimas nos olhos, é hora de partir, o homem da carroça voltou para nos buscar e aquele lindo "incesto" rompe deixando, mas trazendo a promessa de um novo reencontro, Evoé. A comunhão de corpos e energias que se fazem uno. A força e intensidade expressa na singeleza de ser. É a concreta personificação de algum lugar de mim, como nenhum outro alguém poderia fazê-lo ."
(Rejane Lima, Atriz, cenógrafa, pedagoga na rede pública de ensino e aluna do Curso de Figurino na ETDUFPA, em 2011)
sexta-feira, 29 de abril de 2011
"Em algum lugar de mim", um nevoeiro interpretativo

O espetáculo é, todo ele, pontuado: divagações, provocações, imperativos e fugas.
A, B e C revezam-se até a exaustão em busca de um lugar onde estar (perdendo-se em si e no outro) ora distanciados, ora aproximados da vela-mor que os faz olhar pra dentro, pros lados, pra fora do território que por alguma centelha de instante os retém.
Os caminhos da narrativa em ato único assumem contornos vazados, embrenham- se entre o aterrador e o ingenuo que carregam, são sós acompanhados, três sozinhos repletos de nada.
Tudo parece apontar uma direção exata quando, de repente, oralizado entre as diferentes e possíveis formas de dizê-lo ele aporta como texto, os arremessa "indefesos", livres ou presos, ao insólito, solúvel, terno ou volátil espaço pulsante expelindo outras ausências, reclamando fluxos outros, novas conexões.
O trabalho do ator aqui consiste apenas em uma leve e certeira condução na qual deixar-se ir é a única forma de ficar."
(Rosilene Cordeiro, Atriz que interpreta personagem C, sobre o espetáculo)
"É um embassado espelho quebrado. Com seus pequenos fragmentos refletindo um lugar interno e coletivo. Onde fica esse lugar? É por conta de quem nele se mira."
( Fabrício de Souzsa, ator que interpreta o personagem A, sobre o espetáculo)
" Em algum lugar de mim são três pessoas emanando uma energia interrogativa e cortante. É como uma raíz que silenciosaente domina e destrói muros e casarões."
(Dario Jaime, ator que interpreta personagem B, sobre o espetáculo)