


"Companhia de experimentação cênica nortista, paraoara, originada no ano de 2011 por um grupo de amigos atores,cenógrafos, arte- educadores, encenadores e produtores pesquisadores interessados em investigação teatral com dramaturgia própria, focando o "dizer teatral" a partir de suas histórias de vida" em interlocução permanente com as pessoas,o tempo, o espaço e o movimento nos diferentes contextos com os quais interagem por meio de uma metodologia que intitulamos pesquisa-espetáculo".
Icoaraci, um paraíso perto de toda correria do centro e pólo incondicional de artesanato. Lugar também que já é tradicional e conhecido pelo Espaço Cultural Coisas de Negro, lar que abriga uma roda de carimbó sagrada há mais de uma década e que mostra seu valor e significância no cenário cultural paraense. É no “Coisas”, que nesta sexta feira, dia 17, rolará a 4ª edição da Sexta – Cultural. Se o nome não é dos mais autênticos, a proposta é firme em juntar, misturar e promover um bom encontro entre as vertentes da arte.
Nesta Edição da Festa, o público poderá conferir a exposição de fotos do Coletivo Gritaocorpo, as sonoridades do MC Deivid, o reggae roots do DJ Cury Pedra, a peça “Em algum lugar de mim” da Cia. Avuados de Teatro e os sons dos Grupos Mundé Qultural e Casa de Folha.
O Mundé Qultural surgiu com o intuito de fazer uma coisa diferente do habitual: criar um estilo novo de musica. E foi o que aconteceu. Fazendo uma leitura de ritmos utilizando como base o curimbó (instrumento usado no CARIMBÓ) e tendo como metal sons de Guitarra, Bandolim e o peso do som do Contra Baixo o Grupo criou seu estilo e ao longo destes anos conquistou seu público cativo. O fato renovador deste momento é à volta as apresentações, haja vista a pequena parada que o Grupo havia feito pra aprofundar pesquisas e sons. “O Grupo espera que o público que goste, venha e prestigie o som, que promete ser muito bom. Icoaraci e Belém como um todo gostam do Mundé e vão curtir, tenho certeza. Acabamos de ensaiar,e pode ter a certeza que a sonoridade do Mundé se torna cada vez mais poderosa, e certamente perceberão elementos do reggae, samba de cacete em músicas como Chegança Cabocla, Tambor e Capitão do Mato. Quanto ao público que se identifica com o som do Mundé, sem dúvida é constituído por jovens universitários…
Essa será a sexta mas “Qultural” de todas as que já foram realizadas até então, por ser o mês de surgimento do Mundé há 8 anos atrás.” falou Negoray, vocalista e percussionista do Mundé.
Outra boa pedida da noite no Espaço é a estréia do Grupo Casa de Folha. O Grupo foi premiado pelo Edital de MicroProjetos Amazônia Legal da Funarte/Minc e mesmo sem ter recebido ainda o seu pagamento, se apresentará e promete cativar quem assistir: “ Tocaremos coisas que ouvimos e gostamos, além é claro de poder bater um papo e trocar idéias com a galera do Mundé que é uma de nossas referências. A noite promete ser muito boa!” diz André Butter, violonista do Grupo casa de Folha.
Com o Coisas de Negro fervilhando e a noite em caráter especial, fica o convite e a certeza de boa diversão!
Serviço
Local: Espaço Cultural Coisas de Negro (Av. Lopo de Castro 1081)
Ingressos: R$ 3,00 até as 23hrs
Informações: 8197 6069/8250 1045
Horário: 21hrs
Disponível em
De tudo se faz cena. Qualquer palavra, texto, fragmento de texto vira cena. Qualquer objeto, a mera insinuação, ação, transforma-se pelo ator em cena. Teatro é jogo de cena. Transformação.
A estréia da Cia Avuados de Teatro é promissora e nos mostra exatamente isso, a possibilidade da transformação de um texto em cena. De modo simples, mas pungente. Sem adornos, excessos. Apenas a presença dos atores, uma bacia pequena de água, lamparinas improvisadas com latas de leite, arame e velas. Presença precariamente e propositalmente mal iluminada, ressaltando silhuetas, detalhes expressivos, pequenas partes do corpo, formas amorfas. E a voz, sobretudo, é a voz que ecoa na semi-escuridão.
A voz vai desfiando fio a fio uma história de medos, ausências, desejos contidos, prazeres perdidos. Uma história que nos chega em espiral através de um texto que segue e retorna, sempre trazendo um dado a mais. Continuum que se repete sempre renovado. Uma voz dividida em três vozes incógnitas saídas da escuridão ou semi-escuridão. Seres que não se mostram em sua totalidade, seres fragmentados, como fragmentada é sua história. Indefinidas personas, como indefinido é o espaço-tempo.
Apenas pequenas pistas: a chuva que cai, trovões, uma janela aberta lá em cima, no quarto da mãe. Mãe-referência: passado/infância. Um homem que passa e o olhar perscruta ao longe, pálida imagem. Aguaceiro, trovejar, prazer e medo. Mas é preciso contar, desfiar os fios, para se manter a voz, a história, os nós. De cada um os nós. De todos nós os nós atados e desatados no escuro de cada qual. Escuro da sala-espaço, escuro do fundo poço que funda a todos, que a todos habita e onde habitam, prontas a emergir, as vozes que nos fundem, nos con-fundem, nos re-fundem. Vozes que vão e retornam sempre, remoendo, remexendo nossas intestinas dores, intestinas paisagens, intestinas memórias.
Sempre no lusco-fusco as vozes. O claro escuro de cada ser, a se mostrar e se esconder e assim, neste jogo velado, revelar-se mesmo que parcialmente, em fragmentos, cacos espelhados, reflexos de latas e velas na sala escura. Reflexos d’almas inquietas na escuridão, a riscar os fósforos acendendo a chama que se apaga porque a cena não para, porque dormir já não se pode, não se pode cuspir. E não adianta lavar, esfregar, porque não larga, a memória esta tatuada na pele, no coração, na alma.
As palavras ressoam, movem e removem. As palavras nos movem. E é a palavra a personagem principal desta encenação. Transubstanciada palavra. Transubstanciada cena. Nela a palavra é corpo mais que os corpos. Palavra física que deve tocar o outro que está ali para ver-ouvir-sentir a transubstanciação teatral. Tocados pela palavra vivemos aquelas e a nossa própria história. É pela palavra, mas não qualquer palavra, a palavra transformada em cena, palavra-voz-persona, que nos chega a história, o homem que passa ao longe – vai e volta -, a fuga.
Fuga da voz, fuga de todos os nós. Fuga de algum lugar que habita-nos. E que, por isso, dele jamais podemos nos apartar. (Marton Maués, especial para o Diário do Pará)
*Marton Maués é professor de teatro da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista em Arte Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), mestre e doutorando em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e diretor dos Palhaços Trovadores.
Serviço:
Espetáculo “Em algum lugar de mim”, da Cia Avuados de Teatro. Amanhã 06/06 e dia 13, às 20h, na Casa da Atriz (rua Oliveira Belo, 95, entre Generalíssimo Deodoro e Dom Romualdo de Seixas). Ingressos a R$ 10,00 (com meia entrada para estudantes). No dia 17, o espetáculo será apresentado no Espaço Cultural Coisas de Negro (travessa Lopo de Castro, entre 5ª e 6ª Ruas, Icoaraci. Informações: 8857-3497/ 8195-4808/ 3297-7512.
Na internet:
http://avuadosdeteatro. blogspot.com
Disponível em
http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-134401-COMPANHIA+AVUADOS+DE+TEATRO+FAZ+ESTREIA+PROMISSORA.html, matéria veiculada no dia 05/06/2011.
Uma nova parceria. Assim explicamos o encontro da Casa da Atriz com a Cia. Avuados de Teatro que apresenta em nosso espaço o seu espetáculo de estréia, Em Algum Lugar de Mim. Concebido em forma de teatro de câmara, intimista e experimental, o trabalho pretende instigar a imaginação do público mergulhando nas potencialidades da voz e do texto dramatúrgico, minimizando cenários e figurinos. A proposta ainda facilita que o espetáculo seja levado a diversos espaços “não cênicos”. O texto é de Mailson Soares, a direção de Wlad Lima, revisão de Bene Martins e traz no elenco Dário Jaime, Fabrício de Sousa e Rosilene Cordeiro.
SERVIÇO
Casa da Atriz
Rua Oliveira Belo, 95
(entre Generalíssimo Deodoro e Dom Romualdo de Seixas)
Dias 06 e 13 de junho, às 20h
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Disponível em http://www.culturapara.com.br/agenda.html
Teatro Notícias da programação cultural de Belém. Clique aqui. ![]() |
Performance/Instalação ''Outra Jaula Para Pound'' |
03 de junho | SEX | Espaço Cultural Corredor da Amazônia - Gen. Gurjão, 253 | 20h 30m | 3222-5290 / 9623-5320 |
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''As Gatosas'' |
03,04 e 05 de junho | SEX à DOM | Teatro Margarida Schivassapa | Sex e Sab às 21h, Dom às 20h | 3202-4316 |
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''O misterioso desaparecimento de Deborah Rope'' |
04 à 26 de junho | SAB e DOM | Teatro Cuíra | 21h | R$20,00 com meia entrada | Leia matéria | 8177-3344 |
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Palhaços Trovadores – ''O menor espetáculo da Terra'' |
05 de junho | DOM | Centro Cultural SESC Boulevard | 11h | Grátis | - | 3224-5654 / 3224-5305 |
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''Em Algum Lugar de Mim'' |
06 de junho | SEG | Casa da Atriz - Oliveira Belo, 95 | 20h | R$10,00 com meia entrada | 8199-1322 |
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''1/4 The Bosch'' |
15 de junho | QUA | Casa dos Palhaços Trovadores - Tv. Piedade 533 esquina com a Tiradentes | 20h | R$5,00 |
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